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Novas Histórias do Tempo da Velha Escola (DCLVI)

Cova da Piedade, 21 de setembro de 2041 Netos queridos, Há exatos vinte anos, andava o vosso avô por Portugal, ajudando educadores em mais um início de ano letivo, quando teve conhecimento de uma liminar, no qual a Justiça Federal determinava: “Ante o exposto, por evidenciada a urgência contemporânea à propositura da ação, aliado ao

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Novas Histórias do Tempo da Velha Escola (DCLV)

Almada, 20 de setembro de 2041 Queridos netos, Em setembro, se celebra o nascimento de dois amigos das crianças: Paulo Freire e Rubem Alves.  No mês de abril do ano 2000, o Rubem nos visitou. No ano seguinte, o seu nome foi dado a um dos espaços de aprendizagem da Ponte. Não só o nome,

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Novas Histórias do Tempo da Velha Escola (DCLIV)

Angicos, 19 de setembro de 2041 Querido amigo e mestre, Faz hoje, exatamente, vinte anos, participei num evento comemorativo do teu centésimo aniversário. Pediram-me que sobre ti falasse. Mas, o que poderia eu dizer de ti, se de ti já tudo fora dito?  No segundo dia de um mês de maio, nos deixaste órfãos de

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Novas Histórias do Tempo da Velha Escola (DCLIII)

Vale da Amoreira, 18 de setembro de 2041 Talvez não por acaso, reparei que os pacotinhos de açúcar de uma confeitaria continham curiosas inscrições: “01:25 – Hora dos Artistas; 06:44 – Hora dos Vencedores; 22:10 – Hora de descontrair; 05:13 – Hora dos sem horas; 14;28 – Hora dos Apaixonados; 21:24 – Hora de contar

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Novas Histórias do Tempo da Velha Escola (DCLII)

Cruz de Pau, 17 de setembro de 2041 Recordo-me de uma das primeiras “palestras” brasileiras. Decorria o mês de setembro de há quarenta anos. Como sempre, comecei por perguntar: “O que quereis saber?” A primeira das perguntas demorava sempre a sair, pelo que recorri a uma singela blague: “Vamos lá! A primeira pergunta é sempre

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Novas Histórias do Tempo da Velha Escola (DCLI)

Santa Marta do Pinhal, 16 de setembro de 2041 O Mestre Agostinho dizia que poeta era aquele que criava na vida alguma coisa que na vida não existia. No Brasil, que amou e celebrou, ajudou a criar universidades, tertúlias, institutos. Viveu como um franciscano, porque sabia que nascemos para criar e que a vida deve

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Novas Histórias do Tempo da Velha Escola (DCL)

Palhais, 15 de setembro de 2041 Agostinho acreditava sermos capazes de reencontrar o que em nós é extraordinário, para transformar o mundo. E agiu em coerência com as suas convicções. Traduziu para a língua brasileira a obra dos escolanovistas e ousou a ruptura com o instrucionismo, gesto poético de quem aprendeu a arte de colocar

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Novas Histórias do Tempo da Velha Escola (DCXLIX)

Queimadas, 14 de setembro de 2041 Há, mais ou menos, sessenta anos, escrevi um textinho, que era mais uma overdose de citações. Inconscientemente, ia “parasitando” leituras e me dei conta de que, nesse tempo de teorizações de teorias, o escriba era um replicador. Quem poderia reclamar-se original? Até que, numa “palestra” alguém assim falou: “Isso

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Novas Histórias do Tempo da Velha Escola (DCXLVIII)

Bairro Novo, 13 de setembro de 2041 “Amor por princípio, a Ordem por base, o Progresso por finalidade” – eis o lema adotado por Benjamim Constant, o “Fundador da República Brasileira”. Benjamim foi Ministro da Instrução Pública, autor de uma profunda reforma curricular, propôs a descentralização da gestão e uma “formação adequada aos novos tempos”

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Novas Histórias do Tempo da Velha Escola (DCXLVII)

Torre da Marinha, 12 de setembro de 2041  Entregaram uns papéis ao professor, acompanhados de um aviso:  “Cuidado com o Teixeira! Dizem que é autista e, além disso, é mal-educado e preguiçoso”.  Estava quase a fazer treze anos, na primeira classe. Tinha saltado de professor para professor, em turmas indesejadas. Era conhecido pelo nome de

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