A proposta desse módulo que vai até abril é compartilhar práticas para criar uma nova economia local a partir das escolas
O Gaia Escola está de volta nesta quinta-feira (18), após um intervalo para recarregar as baterias, é hora de tocar em frente a missão de fazer uma nova educação em Brasília. Os 48 participantes reiniciam a sua transformação vivencial com a Dimensão Econômica, que vai até dia 16 de abril e tem como proposta criar caminhos de ação para fazer da escola um espaço de pesquisa e prática de mudança em relação a economia global a partir de estratégias que envolvam o fortalecimento de circuitos econômicos localizados, por exemplo. Além disso, “empoderar os professores enquanto agentes de mudança status quo da economia “glocal”, explica Cláudia Passos, Diretora da EcoHabitare, realizadora do Gaia Escola. Segundo o coordenador do programa, José Pacheco, “agora começa uma fase mais prática, de criar e desenvolver comunidades de aprendizagem, a primeira parte do Gaia foi uma “oportunidade de criação de laços e formação de equipes”.
O primeiro encontro do ano será realizado de 18 a 20 de fevereiro, contará, também, com a presença do economista e educador Marcos Arruda trazendo reflexões sobre economia em transição. José Pacheco e Cláudia Passos tecerão o processo de reconfiguração das práticas pedagógicas dos núcleos mudança e Diogo Alvim vem semear sistemas restaurativos nos Núcleos de Mudança do Gaia Escola. “O primeiro passo para esse processo é decidir enquanto comunidade de aprendizagem que queremos fazer dos conflitos adubo, força de ação para melhorar as parcerias e depois vamos construir juntos um conjunto de instrumentos de ação para começar a pesquisar e aprender a responder restaurativamente aos conflitos, começando com o reconhecimento e a validação do que já fazemos que tem funcionado”, explica Diogo.
Como o curso visa a transformação vivencial, os participantes formaram 14 Núcleos de Mudança para colocar em prática o conhecimento adquirido desde o começo do programa, em agosto de 2015. Os Núcleos são embriões de comunidades de aprendizagem que se organizaram em espaços onde os educadores de forma individualizada iniciaram processos de transformação e que, agora, atuam numa relação de apoio mútuo em 11 escolas públicas e três projetos comunitários. “O Gaia me trouxe estratégias de ação importantes para um processo que já queria desenvolver na escola, mas me sentia sozinha. No Gaia, vi que existe uma rede de pessoas com interesses similares e isso me fez sentir apoiada”, ressalta Luna Lambert, do Núcleo de Mudança da Escola Miguel Arcanjo de São Sebastião.
Daniel Tygel, Mônica Arriada e Marina Henriques são os educadores dos próximos encontros desse módulo, que abre caminho para a Dimensão Ecológica, de abril a junho, e da Mandala da Celebração, encerrando o curso em julho. Mas o fim do programa, na verdade, representa o começo de uma rede de conexões necessárias ao difícil e possível processo de transformação da nossa Educação. Uma nova prática pedagógica baseada em valores como o respeito, autonomia e diversidade, afinal, “as escolas ainda estão organizadas para o desperdício de recursos e de vidas”, lamenta José Pacheco.
Sobre o Gaia Escola
O Gaia Escola – Construindo Comunidades de Aprendizagem para um Mundo Sustentável – é um programa inédito, apoiado pelo SESI-CN e desenhado para oferecer aos profissionais da educação um saber-fazer pedagógico que integra o Programa Educação Gaia – Design para a Sustentabilidade e prática pedagógica da Escola da Ponte, tendo como coordenador pedagógico o educador José Pacheco.
O processo de aprendizagem vivido no Gaia visa promover uma transformação vivencial que alie, de fato, a teoria à prática e à realidade vivenciada na escola e no contexto da sua comunidade. O conhecimento teórico proposto nada é a base para o começo de uma transformação necessária do modelo educacional vigente nestas escolas.
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