Mais de 200 educadores assistiram ao espetáculo “Para os filhos dos filhos dos nossos filhos” no dia 17 em Brasília.
“Qual será o tempo para que uma nova educação se materialize? Será no tempo dos nossos filhos ou dos filhos dos nossos filhos”? Essas foram algumas questões colocadas no dia 17, último, no Teatro da Escola Parque 307/308 sul, durante a apresentação da peça “Para os filhos dos filhos dos nossos filhos”, da Companhia Marapuanesca de Teatro.
A plateia, formada por mais de 200 educadores, se emocionou, carregando a certeza que o tempo para realizar esse sonho é agora. “Espero que as pessoas tenham captado a mensagem principal: a esperança”, afirmou o educador José Pacheco ao final do espetáculo.
“E, no caminho da esperança, precisamos juntar esperançosos e engajadores de mudança. Aqui começamos o caminho de sensibilizar pela arte e ampliar a rede. Fazer a transformação que queremos para o Distrito Federal: atingir todas as suas 655 escolas”, reforçou Cláudia Passos, Designer de Sistemas Sustentáveis da EcoHabitare, empresa que trouxe o teatro para a Brasília com o patrocínio do SESI-CN. A peça foi um convite do projeto de formação Gaia Escola aos educadores que acreditam que uma nova educação é possível para que, juntos, formem uma rede de mudança nas escolas do DF.
“A concepção da peça foi pensada na realidade do professor, uma adaptação muito focada na essência do trabalho, mas pensando nesse público que é o de educadores”, explicou Janaína Chichorro, diretora do espetáculo, encenado por e para educadores. A peça levou um ano para ser montada e há dois anos roda o Brasil, já passou por mais de 15 cidades. “O que nos fortalece é esse objetivo de transformar através da educação e da arte, para nós é um desafio transformar um conteúdo literário difícil em algo que atinge e sensibiliza o educador de alguma maneira”, ressaltou Júlio Avanci, ator da peça.
A linguagem teatral toca o público de uma maneira especial, os educadores ali presentes saíram impactados. “Foi muito valioso para mim assistir à peça, eu me vi naquela realidade, de querer mudar e ver nos colegas a principal resistência”, afirmou Marleide Santana, professora. Para Maria de Fátima Andrade, psicóloga, o impacto maior foi mostrar o quanto as crianças são infelizes no atual sistema de ensino, “O que emociona na peça é a gente se libertar dos estereótipos, olhar as crianças como seres únicos, livres, olhar com o brilho dos olhos, com a alegria que as crianças têm”.
Que o impacto provoque a mudança e inspire a esperança de uma educação compatível com o nosso tempo. Uma escola onde se educa na cidadania e não para a cidadania, onde nossas crianças são protagonistas da aprendizagem e respeitadas em sua diversidade, onde educados e educadores não estarão mais sozinhos em sala de aula. “Essa união de educadores fomenta a nossa capacidade de criação, nos relembra como o encontro pode gerar frutos no nosso contexto educacional ”, conclui Gabriela Azevedo, coordenadora da Educação no Campo.
Faça parte dessa rede e acompanhe aqui os rumos dessa mudança!
Patrocínio: