Novas Histórias do Tempo da Velha Escola (DXII)

Paranoá Parque, 26 de abril de 2041

O projeto político-pedagógico da Comunidade de Aprendizagem do Paranoá (conhecida por CAP) apresentava-se deste modo: 

Quando a comunidade se constitui como parte atuante da escola, com voz e participação na construção coletiva do projeto político-pedagógico, surge o sentido de pertencimento, isto é, a escola passa a pertencer à comunidade, que, por sua vez, passa a zelar com mais cuidado por seu patrimônio; a escola começa a sentir-se pertencente àquela comunidade e, então, começa a criar, planejar e respirar os projetos de interesse de sua gente, de sua realidade.”

A “Apresentação” da CAP começava com um excerto do documento-base da política educacional da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal (SEEDF), o “Currículo em Movimento da Educação Básica”, documento, até então. letra morta. 

Em 2015, a pedido da secretaria, um núcleo de projeto se tinha constituído. Em 2018, o teor do documento começava a ter tradução prática, círculos de aprendizagem presencial (de vizinhança) eram esboçados. Nos encontros com a comunidade e com a secretaria de educação, seria suscitado o debate sobre a ressignificação do espaço escolar, bem como da relação deste com a comunidade. Visava-se materializar princípios e valores, que constavam do projeto e fundamentavam a prática. Refletir-se-ia sobre espaços e tempos de aprendizagem, sobre as formas de representação dos conteúdos curriculares, dos procedimentos e estratégias de avaliação, das atividades culturais. 

Nesses encontros, era apresentada e explicada a proposta de reconfiguração da prática escolar às famílias, que desejavam que os seus filhos nela participassem. Estimulava-se o encontro informal de esclarecimento. 

Este fac-símile fala por si:

 

Por: José Pacheco

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