ESTUDANDO A LDB #2

TÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Pronto! Agora que ninguém mais diga que escola ensina e família educa. A educação é um dever da família e do Estado. Ou seja, todos são responsáveis pela educação das crianças, adolescentes e jovens. A educação é inspirada nos conceitos de liberdade. Isso significa que um jovem que deseja ser um surfista profissional e outro que deseja ser sapateiro devem se sentir confortáveis para dizer isso para seus professores e colegas de turma. O que ocorre é que o foco das escolas é preparar para o vestibular, então até mesmo os professores chegam a menosprezar alunos que não querem seguir por esse caminho acadêmico. A solidariedade também é um termo que aparece neste artigo para nos lembrar que seres humanos devem se ajudar mutuamente. Sabe aquele aluno revoltado, que adora atrapalhar a aula e que os professores torcem para que seja expulso? Já viram se ele tem um lar harmonioso? Já viram se ele tem algum trauma com seus pais? Já viram se ele é feliz? Já viram se ele tem autoconfiança? Se os adultos são tão complicados, imagine as crianças e jovens que geralmente deixam muito claro aquilo que sentem e pensam… Na educação devemos ser solidários. Não devemos ver um aluno como problemático, mas escutá-lo e buscar ajudá-lo, por mais difícil que isso pareça. Nós somos os adultos, nós somos os educadores. Nosso dever é compreender e ajudar os chamados “alunos problemáticos”.
E nem tente dizer que educação é só ensinar matemática, português, artes, porque a lei é bem clara: a FINALIDADE da educação é o PLENO desenvolvimento do educando! PLENO! Não é preparar para fazer prova! É muito mais do que isso. Significa que esse aluno precisa aprender como lidar com seus sentimentos e frustrações. Ele precisa conhecer a si mesmo e compreender quais são seus pontos fortes e aqueles que podem ser mais aprimorados. Os alunos também podem aprender a empatia, respeitando a dor dos outros e exercitando a escuta ativa. E não paramos aqui, não! A lei diz que os educandos devem se preparar para o exercício da cidadania e o mercado de trabalho. Sim… Fazer currículo, entender o que é imposto de renda, aprender como se declara, entender o que é bolsa de valores, entender as leis trabalhistas, conhecer o código civil e a constituição federal, entender o que é seguro desemprego, entender como funciona o INSS e os bancos, conhecer as exigências atuais do mercado de trabalho, etc… Quem conhece um pequeno empresário sabe como é difícil contratar um bom funcionário. Muitos não conhecem seus direitos e nem mesmo seus deveres. Preparar uma criança para a vida adulto é muito mais do que ensinar quando ocorreu a farroupilha. Quando vemos um médico jogando papel no chão da rua ou agindo de forma corrupta, significa que ele foi capaz de aprender biologia, química, mas não aprendeu ética e empatia, porque as escolas não investem tempo e energia nisso. Dificilmente poderemos ensinar crianças o exercício da cidadania colocando-os sentados enfileirados assistindo aulas. A cidadania se aprender exercitando-a na prática. Por isso que não dá pra cumprir o que está na lei simplesmente dividindo o tempo dos alunos em aulas de matérias separadas. A vida e o conhecimento humano não estão separados em caixas. As escolas DEVEM mudar isso. ISSO ESTÁ NA LEI.
Me conta… Depois desses primeiros dois artigos lidos, o que você acha da escola do seu filho? Por que você não ajuda a transformar essa escola? Faça-a cumprir a lei.
Por: André Luis Corrêa

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